terça-feira, 22 de março de 2011

figura 1

Esta é uma pintura de Givi Siproshvilli da Russia, pintor que simplesmente adoooooro. O trabalho foi em óleo, mas nos vamos de tinta acrílica que o efeito também é muito bom além da secagem ser mais rápida. Chegaremos ao óleo ao seu tempo. A maioria das tintas que uso são da ACRILEX e, quando não forem, eu digo. Vamos usar uma tela de 40x50cms e começar por passar uma demão de tinta acrílica fosca branca, essa de pintar parede. Tenha entre seus pinceis um largo (quatro cms). Passe a tinta com o pincel e em seguida use um rolinho de espuma cinza chumbo, estes de lojas de 1,99 ou digamos, não de casas de tinta. A textura dessa espuma deixa uma base excelente para pinturas  com tintas mais líquidas. Deixe secar (seca rápido) e dê nova demão.

figura 2

Começaremos por traçar algumas linhas básicas. Uma horizontal a 14 cms. da borda superior e que vai servir de pé da montanha. Outra de 25 cms da esquerda para a direita e a 20 cms do topo da tela e que será a pedra escura com lilás, em plano anterior às montanhas, Assim também será feita a pintura, de traz para a frente. Reforcei o desenho com o photoshop porque fica muito fraco na foto. Se voce usar o lápis 6B, sua tela ficará muito suja por isso tente desenhar com grafite mais duro. Se preferir o 6 B ainda terá o recurso de pincelar com agua e secar com papel toalha. Isto amenizará o traço. Limpe com água ou no caso do grafite duro, passe a borracha antes de pintar pois que sendo a tinta acrílica deverá ser um pouco diluida para a pintura. Quando são usadas cores claras, o desenho fica muito difícel de esconder. Requerendo que passemos várias demãos de tinta até encobrí-lo. Há também o recurso do miolo de pão passado sobre o traço escuro retirando parte do grafite e o resto retire com a borracha deixando apenas um leve traço do desenho.

figura 3

Para compor o ceu usei azul cobalto, azul ultramar, alguma coisa mínima de verde veronese e branco. Vá compondo o ceu bem devagar fazendo movimentos em x com o pincel de de 1 cm de largura e troque para um menor quando começar as nebulosidades. A primeira pintura  parece dificel mas não desanime. Se fizer com calma e prestar atenção à figura do autor, vai se surpreender com sua habilidade. O ceu vai requerer duas demãos e enquanto secar um lado, vá para outro que sempre haverá algo a ser melhorado. Seja crítica consigo mesma.  Me perdoem, estou falando de uma maneira como que me dirigindo especialmente ao sexo feminino, mas terei muito prazer em ensinar para todos que quiserem aprender. Tenho e sempre tive alunos de todos os sexos. Quem gosta de coisas bonitas é sempre benvindo em minha turma.

figura 4

Ceu pronto vamos para as montanhas. A primeira montanha da esquerda levou azul cobalto com um mínimo de preto até a metade, depois um toque de verde veronese com azul e branco e finaliza com azul cobalto ( veja a gravura do autor) Sempre duas demãos de tinta, o que acaba com a marca do pincel. Nas outras montanhas as cores ficam fáceis de identificar se aumentar a gravura. Não esqueça de fazer as montanhas de traz e depois as da frente. Lembre também da nebulosidade entre elas. Na linha do horizonte, que deve ser retíssima porque é agua parada ou com muito pouca correnteza, passe o pincel com azul mais escurecido com um pouco de preto ou somente o azul puro. Comece então a agua com verde veronese e branco, deixando espaços sem pintar onde entrará a primeira cor de azul (veja minha foto). O verde e o branco que não são misturados mas sim trabalhados separadamente, darão a impressão de luminosidade na agua ao pé das montanhas.

figura 5

Esta figura é somente para mostrar a posição do pincel ao pintar água parada ou com pouco movimento. Vá alternando as cores conforme o desenho do artista (fig 1), mas use o pincel na horizontal. Quando falo em abrir a pintura na verdade deveria instalar o photoshop em seu computador. No decorrer vamos recorrer algumas vezes à ele. Eu tenho também o FastStone Image Viewer que acho mais facil para copiar  imagens. Clicar com botão esquerdo do mouse sobre gravura, clicar com o direito que vai abrir uma janela, clicar co o botão esquerdo em copiar imagem (não em copiar imagem como) abra o programa e tenha já uma pasta determinada anteriormente para esta finalidade. O programa poderá ficar minimizado no rodapé do seu computador e somente aberto quando tiver dado os passos que acabei de lhe ensinar. Programa aberto, vá em ficheiro (lado superior esquerdo) clique em novo. Vai aparecer espaço em branco no canto inferior esquerdo (estará escrito visualização na parte de cima do quadrado) então, clique com o botão direito do mouse sobre este quadrado, abre uma nova janela e voce clica com o botão esquerdo em colar imagem, clica sobre a imagem com o botão direito , vai abrir nova janela e voce clica com o esquerdo em salvar como. Ele vai entrar para sua pasta. Quando quizer detalhes, clique na gravura que quizer, ainda estamos falando da sua pasta, que ela vai aparecer na visualização. No lado direito da vizualização há um pequeno quadrado. Clique nele e sua imagem aparecerá maior. Querendo aumentar ainda mais clique sobre ela com o botão direito e abrirá uma janela com diversas funções, entre elas a ampliação. Se tiver alguma duvida passe-me um email que resolvemos.

figura 6

No monte lilas, aparentemente o autor posicionou uma cidade perto da água. Iniciaremos pelo topo que leva azul cobalto, violeta cobalto e preto.  A encosta tem violeta cobalto, branco para a luminosidade, azul cobalto próximo a água e preto para a ponta da peninsula e detalhes na encosta. Temos também um retangulo em carmim na base. Com pincel bem fino (eu uso o da Tigre numero 315 tamanho 0 e 2 que são excelentes tanto em textura como em comprimento de serdas para detalhes pelas pedras e pontos claros simulando a cidade. No monte mais rochoso e mais a frente, vá pintando com sombra natural, branco, verde oliva, azul cobalto, pequenos detalhes em vermelho veneza e acrescente preto com branco nas partes mais sombreadas. Esta pedra não leva preto puro. Aliás, o que dá um escuro muito bonito, sem ser preto, é o verde vessie e vermelho veneza juntos. Bom para fundo de pintura que levaria preto.

figura 7

Esta pedra é pintada primeiro porque está atras das coloridas em primeiro plano. Usei amarelo indiano  com ocre para o tom de amarelo forte. Contornei com vermelho veneza e depois marron van dick para aprofundar os sulcos da pedra. Dê toques de preto no centro das partes com marron van dick. Toque de lilás no lado esquerdo e branco para a claridade. Na duvida, aumente a gravura para detalhes. Na parte frontal o amarelo indiano é misturado com azul cobalto e branco, o que vai dar este tom de amarelo esverdeado. O restante é azul cobalto e branco para a luz. A pedrinha pequena não tem segredo. Alguma coisa mais escura na base das pedras e o reflexo, somente insinuado.

Explico:

Fui pintando a obra de Givi Siproshvilli, fotografando cada etapa e descrevendo as cores. Fiz isso no Word. Pouca prática pois, é claro que não sendo um programa de desenho, minhas imagens ficaram ruins. O que me restava, fazer tudo de novo. Mas, lá pelas tantas entojei. Pintar dois quadros iguais ninguém merece, mesmo sendo lindo como este. Por isto, voces irão observar partes de desenho já prontas em primeiro plano. Estou fotografando meu desenho em partes para o passo a passo. Qualquer dúvida, sempre aumente a gravura.

figura 8

Pedra colorida pronta, vamos as cores: o ocre entrou em diversos espaços como podem ver. Vermelho Veneza e verde ingles n. 364 na parte esverdeada da esquerda e, ainda no mesmo lugar, carmim e marron van dick para o que me parece sombra da vegetação ao lado. Carmim, azul cobalto e branco fizeram a composição do tom rosado. Não tem violeta, é sempre azul e carmim, mesmo na parte escura do lado direito da pedra. As partes rosadas, depois de secas levam uma demãozinha de branco nos contornos. Para a vegetação vai precisar de verde oliva, verde do hooker e verde ingles 364. Nas claridades, alguma coisa de amarelo de cadmio e branco. O tom de terra é marron van dick, sombra queimada, e no primeiro morrinho, vermelho veneza e branco no contorno para clarear. Muito importante para dar esta leveza na vegetação verde, sem as separações quando houver mudança de tons, vá pintando e, em seguida enquanto a tinta ainda estiver molhada, com um pincel velho mas de cerdas macias, dê leves batidinhas para uniformizar a passagem dos tons. Este pincel deverá estar limpo e completamente seco. Lave-o e seque antes de usá-lo novamente neste desenho. Se voce o levar sujo com tinta clara ou escura ou mesmo de outra cor, sua pintura ficará manchada. Continue com este processo até terminar a vegetação. Contorne com branco conforme a pintura original.

figura 9

Nesta figura voce pode ter uma noção da parte esquerda inferior da pintura. Vá acompanhando as pedras com as cores terra de siena queimada,  carmim, azul cobalto, amarelo indiano, terra de siena natural e branco. Nas bordas de algumas pedras, à esquerda da pintura, use o verde ingles.

figura 10

Chegou nesta etapa? Examinou se está o melhor que pode fazer? Então, antes de assinar escreva no verso da tela, pode ser na armação de madeira: APRENDENDO COM GIVI SIPROSHVILLI russo/americano (1940)
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Nana Mouskouri - Libertad

figura 1a

Pintura de Joseph Alleman, americano vivendo no Valley de Utah  e que retrata a natureza da região com uma riqueza de cores que encantam pela harmonia. Seus trabalhos são também em óleo mas nos continuaremos no acrílico.  Novamente usaremos uma tela de 40x50. Se o pano da tela não for muito aspero, não será preciso passar tinta  base como fizemos no anterior. Desenhe os traços principais e vamos para o céu.

Explico:

Não entendi porque minha figura não aumenta para os detalhes. Enquanto não descubro, volto a falar na instalação de programas para visualização e pequenos ajustes que lhe darão detalhes mais definidos. Na pintura anterior falei no FASTONE IMAGE VIEWER 4.2 (É gratis e facil de instalar, so seguir os passos)  Teo PHOTOSHOP tem mais recursos para os ajustes, no caso luz e sombra para esclarecer nos detalhes. Acho que este voce pede para ser instalado por um técnico. Eu tenho o CS2 e quebra bem o galho do pintor. Para copiar uma figura com este programa vamos ver os passos: Clica com o botão direito do mouse sobre a minha imagem, clica com o esquerdo em salvar imagem, vá no iniciar aperte e procure o programa, quando tiver abrido clicar em arquivo new (novo) vai abrir uma janela com as especificações do arquivo e voce so clica em ok. Arquivo em branco aberto, vá em editar e clique em paste. No lado de editar, na barra de tarefas tem IMAGE. Clicando em image abre janela e logo na segunda linha tem adjustements que leva a uma nova janela cheia de possibilidades para melhorar minha imagem e voce poder ver detalhes. Uso muito o BRIGHTNESS/CONTRAST. Na verdade o melhor é voce seguir diversas vezes estes passos e fuçar nesta janela de ajustes. Vai aprender tudo. Persista e não desista.

figura 2a

Desenhar mais ou menos as linhas principais dos diversos planos de vegetação do trabalho. (até agora não ensinei como desenhar porque as duas imagens não são complicadas), apenas deverão ser executadas com muito capricho. Volto a dizer: SEM PRESSA. No próximo desenho, ensinarei como aumentar a gravura e outros macetes que vão me ocorrendo enquanto pintamos. O céu leva azul cerúleo, um pouquinho de preto e outro pouquinho de branco. Faça uma cor homogenia com as tres e acrescente aquela que sentir estar faltando. Prepare uma quantidade de tinta um pouco grande porque se faltar não irá conseguir a mesma tonalidade. É sempre preferível que sobre do que estragar este ceu de tom único. Quando sobra tinta de uma aplicação, tenho pequenos potes de remedios que estoco com essa finalidade. (os recipientes onde vem o KinderOvo, agora não sei se é assim que se escreve mas, pela pronuncia vai saber do que estou falando, são excelentes) Estas cores que são assim trabalhadas com outras, digo misturadas, sempre faço um tiquinho a mais e guardo até a pintura estar completamente pronta. Acidentes acontecem e o retoque fica perfeito. Voltando a pintura: não há necessidade em clarear o ceu na parte mais próxima da terra, por ser um desenho fantasia. Quando for uma paisagem realista, o céu vai clareando a medida que se  aproxima da linha do horizonte. Olhe para o seu horizonte e observe.

figura 3a

As nuvens não precisam ser desenhadas mas se quiser fique a vontade. A nuvem do autor tem  detalhes muito bonitos nas partes escuras e neste caso conseguidas com terra de siena natural e cris de payne. Dê diversas demãos nas partes brancas para que o volume se sobressaia. Aumente a gravura para detalhes se necessário.

figura 4a

Bem, vamos entender o último plano de terra antes das nuvens. Para o mais escuro, usei verde hooker com um pouquinho de preto. O verde amarelado consegui com verde hooker e terra de siena natural e com coisa mínima de preto. Em alguns lugares esta mistura leva branco para clarear. (sempre acrescente pequenas porções e misture para ver o resultado). Ao meu ver, o autor deixa ao critério do apreciador identificar as partes bem claras. Podem ser rochas ou edificações. De qualquer maneira é um dos pontos altos do desenho. Na minha opinião, este desenho todo é um ponto de ouro. As cores casam tão bem... Do lado esquerdo onde parece vermelho, usei terra de siena queimada. Note que já fiz alguns detalhes de amarelo nápoles com branco no morro da frente. Olhe o desenho original (do autor). Agora uso o amarelo indiano, fotografo e lhe mostro.

figura 5a

Tenho notado em muitos trabalhos de pintura, este procedimento em camadas mas com cores diferentes, isto é cor sobre cor e que vai dar o efeito nebuloso da obra de Allemann. É uma maneira nova de pintar e muito encontrada em obras de artistas russos. Lembrando: veja Artnow.ru ( do lado esquerdo superior está opção de ver em ingles. Estou dando a dica porque está muito fraquinho). Agora pinto algumas partes com verde escuro, verde de hooker com um pouquinho de preto e já volto.

figura 6a

Para compor este plano usei verde de hooker, terra de siena natural, pouquinho de preto e pouquinho de branco. Vai notar que a cor fica com aspecto de leitoso, mesmo sendo escura. Com a mesma mistura e mais um pouco de branco, vamos pintar a parte verde claro do morro.

figura 7a

Apos clarear a mistura, pegamos um pincel já meio velho mas ainda com as cerdas macias e com pequenas porções de tinta vamos dando batidinhas no desenho, sempre respeitado a localização desta cor. Tenha na tela do computador a figura do autor. Quando completamente seco, acrescentar mais um pouco de branco na mistura e refazer o caminho. Com uma demão, fica aparente demais as cores que pintamos anteriormente. Mas, ao mesmo tempo não podemos cobrir tudo. Vá observando a figura 1a e  acrescentando tinta onde necessário. Depois desta etapa vou verificar se meu desenho ficou dentro das cores do autor. Se houver necessidade, fazemos uma máscara com a tinta verde claro da segunda camada e aplicamos com pincel sobre toda a parte do solo.